“Não sei o que se está a passar connosco. Éramos uma família feliz, com altos e baixos, mas feliz. O meu pai, que vivia connosco, morreu o ano passado. O meu filho mais velho saiu de casa, e eu estive três meses com um pé partido sem poder trabalhar nem fazer nada em casa. Sinto-me tão cansada…tenho a sensação de já não sermos os mesmos. Choro todos os dias, estou deprimida. E o pior é que não entendo como é que de repente tudo desabou.”
Na psicologia sistémica, os problemas são olhados como sendo criados na relação entre os indivíduos, nos vários conjuntos ou sistemas de que fazem parte: a família, os amigos, os colegas, os vizinhos, o bairro, o país. Nas sessões de terapia sistémica, independentemente de quem está presente, o olhar sobre o problema e sobre as soluções é sempre relacional.
Nas sessões de terapia com esta família trabalhámos com a Teresa, com o marido, e por vezes também com os filhos. Tentámos entender, em conjunto, quem era esta família, e de que forma o problema de depressão apresentado pela Teresa estava ligado às interacções que se estabeleceram naquela família, naquele momento da vida. Entendemos como este momento de crise poderia estar relacionado com os pontos de mudança por que todas as famílias passam (por exemplo, a saída dos filhos de casa), e pelos pontos de mudança não normativos (neste caso, por exemplo, a morte de um ente querido). Tentámos, todos, encontrar soluções para que aquele conjunto de pessoas se transformasse e reorganizasse, mantendo-se, no entanto, a mesma família.
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