Nos dias de hoje, e tendo em conta as profundas transformações sociais a que assistimos, viver em casal pode parecer uma odisseia.
As crises não são só económicas, políticas e macrosociais, são também familiares. Quantas vezes já se sentiu perdido pelo caminho, se sentiram perdidos pelo caminho? Quantas vezes parou, e pensou: que relação é esta? O que é que eu quero de uma relação? Que história é a nossa? O que é que eu quero construir? O que nos impede de termos a relação que sempre desejámos? Por vezes são muitos os anos de insatisfação, de crise continuada, de conflito, de afastamento, de discussões prolongadas e sem resolução aparente.
Um casal, como uma pessoa, sofre várias transformações ao longo do tempo. Existem fases consideradas normativas (ex: a fase do namoro e paixão inicial, o nascimento do primeiro filho, a saída dos filhos de casa) e fases ou crises que estão relacionadas com outros factores (por exemplo o desemprego, problemas económicos, perda de alguém significativo, etc). Em ambos os casos, muitas vezes geram-se dificuldades na dinâmica do casal que podem parecer difíceis de ultrapassar.
Vários estudos indicam que a terapia de casal pode ser uma ajuda importante, mesmo para casais com problemas permanentes e em que o afastamento emocional já é grande. Neste tipo de terapia são trabalhados, conjuntamente, os problemas apresentados pelo casal, tentando encontrar objectivos e soluções comuns e que façam sentido aos dois elementos do casal.
Estes são alguns dos problemas frequentes que trazem os casais à terapia:
- Conflitos permanentes
- Discussões frequentes e de difícil resolução
- Dificuldades na comunicação
- Afastamento emocional entre os cônjuges
- Problemas na sexualidade do casal
- Dificuldades na gestão do dinheiro
- Infertilidade
- Falta de projectos e objectivos de vida comuns
- Crises de vida familiar (ex: nascimento de um filho; perda de alguém significativo)
- situações de luto
- Doença de um dos cônjuges
É importante salientar que a terapia de casal não se destina apenas a casais perto da ruptura ou com problemas que se prolongam no tempo. O investimento no bem-estar do casal quando as dificuldades ainda não se tornaram inultrapassáveis é muito importante na prevenção de um mal-estar continuado ou da ruptura.
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